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DESMISTIFICANDO A AVALIAÇÃO PRÉ-TEMPORADA DE JANEIRO

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    PHYSIOLAB
  • 20 de jan.
  • 3 min de leitura




2025 chegou! Muitos esportistas encontram-se no início, meio ou até mesmo na etapa final de uma preparação específica. Final? Isso mesmo. Apesar de estarmos em janeiro, muitos campeonatos estão prestes a acontecer ou estão acontecendo, como por exemplo o Mundial de Handebol Masculino que está entrando na sua segunda fase.


Outro exemplo de calendário atípico é o dos atletas de Crossfit. Em fevereiro, ocorre o início dos principais campeonatos a nível Brasil e Mundo, cujas seletivas são realizadas no formato online, exigindo que os atletas estejam em sua melhor performance no início do ano. Isso também significa que boa parte desses atletas passaram dezembro (que para a maioria da população é repleto de viagens, comidas e descanso), dentro de um box erguendo peso.


Com modalidades cada vez mais robustas, sabemos que o esportista atual dificilmente consegue direcionar seu calendário de preparação para uma competição ao ano. Exemplo: neste momento, existem ciclos olímpicos estruturados a fim de preparar o atleta para Los Angeles 2028. Significa que esse atleta não vai competir mais até lá? Bom, isso seria impossível por uma série de fatores relacionados aos aspectos físicos, psicológicos e também financeiros do indivíduo. Além do que, os principais campeonatos também funcionam de forma classificatória para outros mais importantes, retroalimentando essa grande cadeia.


É aí que caímos no conceito de divisão de preparação em macrociclos, mesociclos e microciclos. A estratégia deve ser sempre direcionada para: em que momento eu posso preservar, recuperar, condicionar meu atleta para que ele esteja no seu melhor perfil para os momentos competitivos. Nós precisamos que o atleta esteja no seu MELHOR condicionamento nos momentos certos. Por isso, cabe à equipe de saúde entender e programar o que fazer em cada objetivo preparatório.


Uma periodização errada pode acarretar em desempenhos abaixo do rendimento esperado, lesões com maior gravidade e até mesmo diminuição do tempo de carreira esportiva.


Dito isso, o atleta que está exposto rotineiramente a objetivos relacionados a performance, deve estar sob monitoramento. Atualmente a tecnologia de porte individual nos traz dados valiosos sobre sono, passos, frequência cardíaca, intensidade de treino e etc., itens que pouco importam há algumas décadas e que vem nos auxiliando no monitoramento diário.


Entretanto, estudos apontam que para cada modalidade esportiva bem como, sexo e faixa-etária, devem ser considerados parâmetros específicos. 


Em outras palavras: 

Esportes diferentes devem ser monitorados de formas diferentes.

Adolescentes devem ser avaliados diferentemente de atletas masters.

Homens devem ser avaliados diferentemente de mulheres.

Amadores devem ser avaliados diferentemente de profissionais.


Isso porque existem circunstâncias que diferenciam totalmente essas populações, fazendo com que seja impossível utilizar os mesmos critérios para todos.


Janeiro é sim um ótimo momento para coletar dados basais de um atleta ou equipe, visto que novos campeonatos já estão em anexo ao calendário esportivo. Entretanto, converse com seu fisioterapeuta ou educador físico para determinar em quais períodos ocorrerão as etapas de reavaliação. Não se esqueça: para cada um, existe uma realidade diferente.


Do que adianta eu avaliar em janeiro e nunca mais realizar os testes? Seria a mesma coisa que fazer uma avaliação no início do tratamento fisioterapêutico e ser liberado com alta sem saber o que aconteceu pós tratamento. Ou exemplificando de forma cotidiana, realizar uma revisão no carro que dure a vida toda.


Quem avalia, lesiona menos, evolui mais rápido (porque consegue realizar ajustes finos) e consegue atingir melhores performances com mais segurança.


A PHYSIOLAB é pioneira em Cascavel e região a trazer testes biomecânicos específicos para a área esportiva, com tecnologia e raciocínio clínico que são determinantes para que nossos pacientes alcancem seus objetivos.


Quer saber mais sobre? Entre em contato conosco e venha conhecer nosso time de especialistas.


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Referências


Esteve E, Casals M, Saez M, et al Past-season, pre-season and in-season risk assessment of groin problems in male football players: a prospective full-season study. British Journal of Sports Medicine 2022;56:484-489. GILLET, B. et al. Shoulder range of motion and strength in young competitive tennis players with and without history of shoulder problems. Physical Therapy in Sport, n. 31, p. 22–28, 2018.

Luiz Flores Fagnani P, Bittencourt NF, Peralta F. 254 Pre-season clinical assessment of the hip extensors, external rotators and abductors in competitive sprinters. British Journal of Sports Medicine 2021;55:A98-A99.

Nielsen RØ, Rønnow L, Rasmussen S, Lind M. A prospective study on time to recovery in 254 injured novice runners. PLoS One. 2014;9(6)



Texto escrito por:

Dra. Alana L. F. Tavares

Fundadora e CEO

Fisioterapeuta pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Mestrado em Biociência e Saúde pela UNIOESTE

Especialista pelo COFITTO em Fisioterapia Esportiva

Sócia Sonafe

Docente universitária no curso de Fisioterapia

Osteopatia pela Escuela de Madrid




 
 
 

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