ESTOU COM PARALISIA FACIAL E AGORA?
- PHYSIOLAB

- 1 de abr. de 2024
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Existem dois principais tipos de paralisia facial, a central, advinda de alterações neurológicas do sistema nervoso central, como o AVC ou TCE por exemplo. E a mais frequente, que é a de causa periférica, ou seja, a infecção do nervo facial pela reativação de vírus latentes no organismo, sendo o mais frequente, o vírus da herpes (Figura 1).
Figura 1 - Fonte: https://www.ebmconsult.com/articles/anatomy-stroke-vs-bells-palsy
A paralisia facial periférica é comumente chamada de “Paralisia de Bell” e ocorre entre 11 a 40 pessoas em 100.000 por ano, principalmente entre os 35 e 40 anos de idade e estima-se que uma pessoa a cada setenta será afetada ao longo da vida. Sendo mais frequente em pessoas imunodeprimidas, gestantes, pós COVID-19 e atualmente existem evidências do aumento de casos pós dengue e após estresse exacerbado.
Os principais sintomas da patologia são dor na região retroauricular, diminuição ou ausência de movimentos em hemiface como enrugamento da testa, incapacidade de fechar o olho, hipotonia muscular, queda do canto da boca e desvio de nariz e boca para o lado afetado (Figura 2).
Figura 2
No geral, os pacientes possuem um bom prognóstico, sendo que a melhora clinicamente importante ocorre principalmente nas 3 primeiras semanas em 85% das pessoas e em 3 a 5 meses nos 15% restantes. Normalmente, em doze meses o paciente não possui mais nenhuma sequela aparente. Pessoas que não apresentarem nenhum sinal de melhora em 3 semanas podem ter sofrido degeneração grave do nervo facial ou podem ter um diagnóstico alternativo.
No entanto, para que o prognóstico seja realmente positivo, é necessário realizar tratamento adequado e com profissionais especializados no assunto. É recomendado que o paciente procure um neurologista e um fisioterapeuta especialista em fisioterapia neurofuncional (lembre-se sempre de procurar profissionais fisioterapeutas especialistas COFFITO).
Após a adequada avaliação fisioterapêutica que precisa ser baseada em amplitude de movimento cervical, análise das contrações isométricas e dinâmicas de músculos faciais de ambas as hemifaces, movimentos involuntários e contraturas faciais.
O tratamento fisioterapêutico exige estudo e raciocínio clínico específico para cada paciente. Sendo importante destacar a necessidade de realização de terapia manual em região cervical e de face, exercícios lentos e conscientes, importante vincular os movimentos de mímica às emoções do dia a dia, evitar movimentos exacerbados e que estimulem o rosto todo de uma única vez, além de orientações quanto ao uso de tampão no olho da hemiface afetada. Estudos recentes estimulam o uso de laserterapia durante o tratamento.
Ainda, as contra indicações precisam ser relembradas, sendo elas o uso de eletroestimulação, enchimento de balão, uso de gelo, gomas de mascar ou chicletes (Figura 3).
Figura 3 - Fonte: google imagens.
Fique tranquilo, na PHYSIOLAB temos o melhor tratamento para paralisia de Bell e estamos sempre em busca do que está mais atualizado sobre a patologia. Nossos tratamentos sempre são sucesso e os pacientes voltam às suas funções rapidinho. Conte com o nosso time!
Referências
Kakde U, Khatib MN. Neurological Complications in Dengue Among Males of the Adult Age Group. Cureus. 2024 Jan 3;16(1):e51586.
Khan AJ, Szczepura A, Palmer S, Bark C, Neville C, Thomson D, Martin H, Nduka C. Physical therapy for facial nerve paralysis (Bell's palsy): An updated and extended systematic review of the evidence for facial exercise therapy. Clin Rehabil. 2022 Nov;36(11):1424-1449.
Holland NJ, Bernstein JM. Bell's palsy. BMJ Clin Evid. 2014 Apr 9;2014:1204.
Peter S, Malhotra N, Peter P, Sood R. Isolated Bell's palsy - an unusual presentation of dengue infection. Asian Pac J Trop Med. 2013 Jan;6(1):82-4.
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Texto escrito por:
Dra. Ana Paula Janner Zanardi
Fundadora e CFO
Fisioterapeuta pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Mestrado em Ciências do Movimento Humano pela UFRGS
Especialista pelo COFITTO em Fisioterapia Neurofuncional Adulto








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